
LSD
Dietilamida do ácido lisérgico
Os riscos da toma de LSD, ao contrário de outros compostos, reside não num efeito físico mas numa ação psicológica.
O principal perigo consiste nas alucinações provocadas que podem culminar em comportamentos de risco. Existem relatos de suicídio involuntário por queda, mutilações, paranóia.
A longo prazo (semanas a anos) pode ocorrer desordem persistente da perceção por alucinogénios, com aparecimento de alucinações na ausência de toma.
Domínios particulares de risco
Existe uma grande controvérsia na associação LSD-gravidez, uma vez que os estudos realizados são inconclusivos [1]. A capacidade de alteração cromossómica ainda não está devidamente estudada. Apesar de existirem casos de recém-nascidos com deformações, são necessárias mais evidências na relação causa-efeito entre a toma de LSD e o aparecimento destas deformações, bem como averiguar se estas se devem a consumo de outras drogas.
A controvérsia associada ao álcool também não é recente, tendo o LSD sido, no passado, utilizado no tratamento de casos de alcoolismo.
Contudo, uma vez que ambos são responsáveis por alterações do comportamento, embora por mecanismos distintos, alterações comportamentais poderão ser potenciadas com resultado imprevisto.
Uma vez que o LSD interfere na concentração de serotonina, é de esperar que altere a eficácia do tratamento antidepressivo, podendo agravar estas patologias.
Importância económico-social
Os efeitos provocados pelo LSD são muito procurados pela população jovem em contexto festivo, o que auxiliado pelo fácil acesso e baixo preço (5 a 20 euros) promovem o seu abuso.
Formas e procedimentos para a diminuição dos riscos associados
Dada a falta de evidências concretas, a melhor forma de diminuir a prevalência dos riscos associados passará pela abstinência destas substâncias.
Na maioria dos casos de abuso em que é necessário tratamento sedativo recorre-se a clorpromazina e haloperidol. Normalmente este é necessário em casos de paranóia [2].
Para os "flashbacks" não existe tratamento particular.
Referências
[1]- Smart, R.G., Bateman,K, (1968). The Cromosomal and Teratogenic Effects of Lysergic Acid Diethylamide. A review of the current literature. Canad.Med.Ass.J. 99: 805-810
[2]- Vale, A (2012).Drugs of abuse (amfetamines, BZP, cannabis, cocaine, GHB, LSD). Medicine. 2:84-87
Comunicação de Risco

http://albertocoutofilho.blogspot.pt/2010/08/atencao-perigo-lixo-toxico.html. Acesso: 17/Maio/2013