
LSD
Dietilamida do ácido lisérgico
LSD (dietilamida do ácido lisérgico) é um produto de semi-síntese obtido a partir do ácido lisérgico, uma substância obtida naturalmente do fungo do Claviceps Purpurea.[1] Atualmente é um dos compostos alucinogénios mais potentes no mercado, uma vez que a dosagem necessária é muito pequena, entre 50–250 mg. Este fator torna a pesquisa de LSD bastante difícil em matrizes biológicas uma vez que as concentrações aqui encontradas são, habitualmente, mínimas.[2]
O primeiro registo da sua síntese foi em 1938 por Albert Hofmann, que trabalhava para uma empresa de produtos naturais a Sandoz AG Pharmaceutical company, na Suiça. [3] Na altura ele tencionava obter compostos com possível aplicação terapêutica pelo que os seus efeitos tóxicos não foram imediatamente reconhecidos. Apenas em 1943, após intoxicação tópica, do próprio Albert Hofmann, com uma pequena quantidade de LSD foram descobertas as suas propriedades psicadélicas. Inicialmente o LSD foi distribuído sob a marca Dylised tendo sido usado por psiquiatras quer para tratamento de distúrbios comportamentais, quer neles próprios afim de vivenciarem a sensação que os seus pacientes esquizofrénicos tinham. As primeiras controvérsias começaram a surgir em 1960 culminando com a Sandoz a retirar o patrocínio da marca em 1966.[4]
Após a retirada do Dylised como marca farmacológica o LSD começou a ser usado com objectivos espirituais e psicológicos, tendo entre 1960 e 1970 adquirido principal relevância entre artistas de todo o mundo, nomeadamente músicos e pintores.[1] Depois de o seu consumo ter caído, voltou a ganhar relevância em 1990, uma vez que se tornou uma droga barata e de fácil acesso para adolescentes e jovens. Hoje em dia, apesar do seu consumo estar a diminuir, continua a ser uma das drogas distribuídas durante muitos eventos nocturnos destinados a estas idades.[3]
A sua toma leva a momentos de alteração de humor, cognição e sensoriais. O LSD pode ainda ter outras denominações nomeadamente Ácido, Viagem, Flashback, Trips e Flash.
Referências
[1] Passie T., Halpem J. et all (2008). The pharmacology of lysergic acid dietylamide: A Review. Neuroscience & Therapeutics, 14, 295-314.
[2] Gaulier J., Maublanc J. et all (2012). LSD in pubic hair in a fatality. Forensie Science International, 218, 25-27
[3] Guerreiro D., Carmo A. et all (2011). Club Drugs um novo perfil de abuso de substâncias em adolescentes e adultos, Acta Médica Portuguesa, 24, 739-756
[4] Oram M. (2006). Efficacy and Enlightenment: LSD Psychotherapy and the drug amendments of 1962, Journal of the history of medicine and allied science.
LSD - Um pouco de História

http://mistic-isle.forumeiros.com.pt/t44-discoteca. Acesso: 12/Maio/2013